Honda Prelude 2.0 I-16 4ws (B4140) - 1989

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Bom Dia a todos.
Ontem, tirei um bocado para o "clássico".

Foi a vez de começar a olhar para os componentes mecânicos.
Mudança de óleo e filtro de óleo, o filtro de óleo  (comprado na Honda para o meu carro), apesar de o diâmetro do vedante ser igual ao que lá estava,  a sua capacidade de óleo é inferior ao que estava no carro. Estou um bocado apreensivo com o facto, além do circuito total de lubrificação ficar com um pouco menos de óleo, tenho um certo receio se o filtro aguenta a pressão de óleo do circuito.

Desconfio que o filtro de óleo correcto está descontinuado e na Honda verificaram o diâmetro do vedante e "siga"... alguém me pode dar uma dica sobre as consequências ou não desta situação ?

Também vi o estado das pastilhas e dos tubos de óleo de travões, parece estar tudo bem. Inclusive os discos não apresentam desgaste, bastando uma limpeza.

Nota-se que esteve parado 14 anos ...


Curiosamente, entre o êmbolo e a pastilha existe uma chapa, possivelmente para evitar "chiar dos travões". Tem é a tinta toda a saltar.



Quanto ao filtro de ar, está um "bocadinho"... sujo.

Tirar medidas para não me "enrolarem" outra vez.

Próxima etapa, Correia de distribuição, Tensor, Filtro de ar, Mudança de óleo de travões e Liquido de refrigeração.

Uma Boa Semana para todos vós.
Frederico Nina.

[rpm]

E o filtro de óleo que estava no carro antes era original Honda?
Os filtros Honda costumam ser pequenos. Geram uma melhor pressão de óleo.

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Boas RPM.

o filtro que lá estava, era Honda.
No manual de oficina tem estas dimensões: 80mm - Japão / 76,5mm - França.



Julgo que estas dimensãoes se referem ao diametro.

O filtro que lá estava tinha 72,5 mm de diametro e o novo tem 68,5 mm de diametro.

Outra coisa estranha, que refere o manual é o seguinte.

O diametro do filtro está divido em 8 partes tendo em cada parte um numero de ( 1 até 8 ).
No manual refere que quando o vedante de borracha encostar, deveremos apertar + 7 numeros ou seja: quase mais de 1 volta. O qua acho muito, fica o filtro extremamente apertado.
Eu não o fiz. Fiz como sempre costumo fazer nos meus carros. aperto á mão e depois dou um "toquinho" com a chave. Senão, depois para tirar fica complicado.
Só se nos Hondas é para apertar mesmo ??!!!

[rpm]

Eu nos meus costumo apertar à mão e nunca tive problemas. Quem tiver uma chave dinamométrica apropriada para forças pequenas pode apertar com a força que vem escrita no próprio filtro, mas não é essencial.

Quanto ao tamanho do filtro, sendo Honda penso que não precisa de se preocupar.

[Sky]

Belo prelude 3, parabéns 

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Boas Tardes a todos.

Depois de umas férias bem gozadas, o início da escola (para os herdeiros) e a azáfama de todos os dias, gostava de ter ido ao último encontro dos  AJA em Leiria, e nem isso consegui. No entanto e nesse mesmo dia ao final tarde, consegui ir a Santarém a uma pequena exposição de clássicos.Estacionei ao pé de 2 pérolas: Celica e Corolla "Lindos de morrer".  Tenho um pequeno pressentimento que eram de AJA.

Tirei um bocadinho para a "machine".

Na continuação da substituição de todos os líquidos do meu carro, deparei-me com um pequeno problema.
Quero mudar todo o líquido do sistema de refrigeração. Mas para isso queria fazê-lo com o manípulo da "sofagem" no quente. Julgo eu, que só assim consigo alcançar o líquido que se aloja no radiador da "sofagem".

O meu tablier tem um manípulo que desliza para a esquerda e para a direita, de forma a que o ar ventilado seja quente ou frio.
Ele desliza, mas a temperatura do ar é sempre a mesma.

De uma vez que estava a testá-lo, o manípulo parou a meio do trajecto e ouvi um barulho de algo que tinha caído dentro do tablier.
"Aqui à gato"    e é de má raça. Querias trabalho? Ora aqui tens.

Rapidamente vi a minha sina. "Toca a desmontar".
Observei o manual da oficina ("ver os bonecos") e comecei a assustar-me. Tanta coisa para desmanchar.

"Mãos à obra".
Depois de muita observação, parafusos e tempo, lá consegui alcançar o problema.

Aquele manipulo o que faz é puxar ou empurrar um cabo de aço que abre ou fecha uma portinhola, responsável ou não de trazer ar quente para o habitáculo.
Esse cabo de aço é envolvido por uma bicha que tem de estar presa a algo, de forma que o cabo deslize.

Mas não estava presa, pois o local de onde prendia estava partido !!!
E agora ? ainda por cima é de plástico. Como vou sair desta?

Bem se ouvi um barulho de algo a cair dentro do tablier, tem de ser parte da peça que aqui falta. Toca a procurar.

Encontrei !!! Mas quando pequei nela partiu-se toda ! O plástico está a acusar o passar dos anos ou naquele tempo os Japoneses já tinham inventado o plástico biodegradável  .
Grande carga de trabalhos. Puxei pelo cérebro (já teve melhores dias) e cheguei à conclusão que tinha de reconstruir a peça.
Pensei logo em resina de epóxi.

Telefonei e enviei umas fotos a uma amigo que costuma usá-la em trabalhos seus.
Do outro lado ouvi;  "É ingrato, porque a resina não adere bem a muitos tipos de plástico, existem os PP , os PE, etc."  ( para mim só existe um tipo de plástico que é o : Plástico !!) "No entanto faz uns furinhos, tipo encaixe de forma à resina entrar lá dentro, se a resina não pegar bem na peça fica presa por esses encaixes". Grande ideia e tão simples  .

Toca de ir às compras.
Pelo caminho lembrei-me daquela massa branca de 2 componentes que se amassa com os dedos e "repara tudo" (dizem eles na embalagem) que depois de seco parece betume de pedra. Já uma vez a utilizei em plástico e deu bons resultados.

Assim foi, usei a tal massa, a ideia do meu amigo e tudo correu bem, como nas histórias felizes.
Está tudo montado e a funcionar bem. 100%? Não sei, só daqui a 2 anos ( prazo legal de garantia ) vos posso dizer.

Agora já não tenho desculpa para não mudar o líquido de refrigeração.

Ponho aqui algumas fotos, pode ser que sirva de ideia para alguém.

NOTA: Outra ideia que gostava de compartilhar com vocês;  Ao desmanchar, quando olhei para os parafusos que já tinha tirado, deu-me a sensação que estavam a "procriar", então peguei no telemóvel , coloquei no modo de fotografias com som e comecei a tirar fotos aos vários tipos de parafusos e gravando vocalmente de onde eles pertenciam. ( Nunca entendi bem como os profissionais juntam-nos todos numa "lata" e depois sabem de onde eles são).
NOTA: Não sobrou nenhum parafuso. 


Finalmente cheguei ao problema.


A peça devia ser assim.


Mas estava assim.


E assim.


Os furos que servem para encaixes da massa a colocar.


A massa que vos falo.


A massa posta.


Além da massa entrar nos furos, também fiz uma espécie de cabeças de rebite.


Já depois de seca, fiz o furo para o parafuso.


Aqui está. Trabalho finalizado. Para reforço do parafuso, usei cola de parafusos na sua rosca.

CONCLUSÕES:
- Nunca desistam. Tudo é maravilhoso quando corre bem. Quando corre mal......mais vale não falar nisso  .
- Pelo o tempo que demorei, se tivesse uma oficina, ou ia à falência ou iam os meus Clientes.
- Ao pessoal daqui do AJA que faz trabalhos a sério, não me levem a mal, cada um faz o que sabe.

Fiquem todos bem e façam o favor de não se esquecerem das vossa máquinas. Um carinho faz sempre bem, mesmo que pequeno como este. tchau.
Frederico Nina.

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Se quiser podemos criar um clube de ódio a plásticos, já seríamos 2... 

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Se quiser podemos criar um clube de ódio a plásticos, já seríamos 2... 

Grande ideia 

[rpm]

Tenho um carro do ano do seu e cerca de metade das peças plásticas do interior estão partidas. Com o passar do tempo ficam quebradiços e não há hipótese...

Que bom deve ser restaurar um carro dos anos 50, com tudo em metal...

[mizé]

Pelo menos houve uma solução para o problema do plástico.

Já corrigi um problema num plástico com uma massa idêntica. Preenchi uma brecha, lixei o excesso e pintei. Ficou bem.

Por isso, essa solução pode resultar.

Os plásticos não são nada fáceis.

[rpm]

Eu não lhe chamaria solução mas sim remendo.

[Sky]

Bom trabalho! Realmente essas peças interiores que se estragam podem ser as mais difíceis de arranjar novo em boa condição, e muitas vezes reparações engenhosas são a única solução 

[apeado]

Bom Dia a todos.
Sábado foi dia de uns mimos para o meu Honda. Desta vez , mudar o óleo da caixa de velocidades.

O Manual de oficina manda colocar um 10W 40 igual ao do motor. No entanto a Honda só tem um único óleo de transmissões de seu nome MTF-3 e não especifica a sua viscosidade. Tentei-me informar pela internet sobre o assunto. Tudo o que consegui foi ler que alguns proprietários de Hondas afirmam que quando colocam um óleo que não seja Honda, a caixa não funciona bem.

Sendo assim, mesmo sem saber a viscosidade do óleo Honda arrisquei colocá-lo no meu Prelude.
Fiz bem ? Fiz mal ? Deus me proteja para que tenha tomado a decisão correcta.

Outra coisa que reparei, ao tirar o bujão de vazamento, passei-lhe o dedo pelo óleo antigo e ao esfregar os dedos, senti no tacto um pequeno "arreamento" que julgo ser pequeníssimas limalhas.
Será isso normal ? Alguém de pode dar uma opinião ?

Ficam aqui algumas fotos do trabalho.



Oleo para transmissões Honda.


Cx. Velocidades. Bujão inferior - Sai oleo antigo  / Bujão superior - entra oleo novo.


Bomba comprada em supermercado para bombear o oleo novo da embalagem para a cx.velocidades ( liga-se na bateria ).


Bomba em acção. Resultou muito bem.

Uma boa semana para todos.

[Splash]

Viva apeado! (Ter um Honda e um nick destes não combina )

É normal a caixa ir criando limalhas, a maioria dos carros até tem um bujão magnético na caixa precisamente para atrair as mesmas.

Óleo de caixa é MTF Honda sem medos. Experimentei um da 10w-40 próprio para caixas Honda da Motul, no meu Accord, e passado 500km já estava no lixo.

Anti-congelante, se puder usar Honda, tanto melhor.

Óleo de travões DOT 4, 5.1 esgueira-se pelos êmbolos da bomba principal nestes Honda mais antigos.

Quando estiver de volta dos travões, aproveite para lubrificar os parafusos/pino (não sei o nome exacto daquilo) onde a pinça desliza com massa de silicone (difícil de arranjar, só consegui através do ebay). Estas bombas, principalmente as traseiras têm tendência para "colar" se esta manutenção não for feita.

Tem ai um carro lindíssimo, está sem dúvida no meu top 3 da Honda. Um modelo muito inovador, pensado e construído com muita qualidade. Tomara hoje haver carros assim!

Cumprimentos,
Alexandre

[apeado]

Bom Dia, Alexandre.
Desde já Obrigado por me responder.

Quanto ao nick: Quando me registei no AJA, estava mesmo apeado, não tinha o Prelude, daí o nick. Naturalmente tenho de o modificar para "desapeado" ou bemmontado" 
Foi esses comentários na Internet que me levaram a preferir o MTF da Honda.

Quanto ao anti-congelante, já está mudado com o da Honda também.
Nos pinos das Bombas de travão, reparei que esses pinos estavam lubrificados, penso que com massa consistente, no entanto gostava também de os limpar e pôr massa de silicone que ainda não a descobri em Portugal. Reparei  também que as borrachas em formato de fole desses pinos estavam estragadas, em vez de borrachas já são plasticina. Vou ter que ver se a Honda as tem.

No que toca ao óleo de travões é que a coisa está a piar mais fino.

O meu honda tem ALB ( ABS da Honda ).
Então reparei que além do copo de óleo de travões situado na Bomba Central, tem também um copo no dito ALB.

Fui ao manual de oficina e à Internet  ver como mudava o dito óleo de travões em ambos os lados. Fiquei com muitas dúvidas.
- Não entendi como funciona o sistema,  por isso não consigo entender se os circuitos são ou não independentes. E se são independentes,  os óleos misturam-se quando o ALB entra em funcionamento ?

- Se forem independentes,  e os óleos nunca se misturarem, poderei sangrar o circuito do copo da Bomba Central pelo sistema tradicional, julgo eu. 

- Quanto ao circuito do ALB, já a porca torce o rabo. Pois no manual de oficina é usado 2 ferramentas especiais,  uma chave em forma de cruz de cristo que tem um copo. Essa chave serve para abrir e fechar o sangrador do ALB, tem o copo, porque julgo que ao sangrar o óleo vem com muita pressão pois o ALB tem um gás que penso ser Azoto.

Usam também um ALB checker, que é uma caixa electrónica com uns botões que penso que serve para simular o ALB a funcionar, de forma a sangrar o sistema.

- Na internet descobri um individuo que sem essas ferramentas especiais explica como sangrar o ALB em um NSX, que tem um sistema idêntico, sendo que a única diferença é ter 4 selenóides ( tem ABS independente às 4 rodas ) enquanto eu só tenho 2 selenóides.

Perante o que entendi, mas tenho muitas duvidas é o seguinte, em cada selenóide e à vez, chanta-se 2 contactos que vão fazer funcionar  a bomba do ALB e enquanto isso , abre-se a purga do ALB, para que vá saindo o óleo antigo. No entanto esse chante não pode durar mais de 10 segundos de cada vez de forma a não queimar a Bomba.

Durante esta operação vai-se enchendo o copo do ALB com óleo novo à medida que vai ficando mais vazio.

Também nesse site diz que os problemas do ALB da Honda é não funcionar por grandes períodos de tempo, pelo que os donos dos carros deviam periodicamente forçar a utilização do ALB de forma a verificar se este funcionava e para a sua manutenção.

Assim fiz, fui a uma estrada de terra batida fazer umas travagens para verificar se o ALB funcionava.
Funcionar funcionava, após uma dessas travagens abri  o copo do ALB e o óleo estava cheio de bolhas, julgo ser esse tal Azoto, e estava negro como o carvão!!!!

Após esses testes de travagem, acontece-me o seguinte: Cada vez que ponho o carro a funcionar a Bomba do ALB começa a funcionar durante uns 30 segundos e depois pára e a luz do ALB acende. Coisa que não acontecia antes, nem a bomba funcionava nem a luz acendia.
É nesta situação em que me encontro.

Se alguém souber como o sistema do ALB funciona, ficava muito grato que me dessem umas luzes sobre o assunto.
Aqui está o Link do explicativo do NSX,  http://www.danoland.com/nsxgarage/brakes/abs/abs.htm#Solenoid%20Flush  o meu Inglês não é o melhor    se alguém tiver facilidade de compreender o artigo e depois poder-me explicar, ficava muito Grato.
Obrigado a Todos e um grande fim de semama.

Frederico Nina