Circuitos emblemáticos em Portugal - Vila do Conde

Iniciado por nunoturbo, 11 de Dezembro de 2003, 22:56

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Vila do Conde, 1966:  Partida da "Taça da Câmara Municipal de Vila do Conde" para automóveis de Grande Turismo e Desporto. Foi o 1º ano em que houve Campeonato Nacional de Velocidade. Do lado direito o futuro vencedor, o Ferrari 250 LM (chassis #6119 GT) de António Peixinho, um dos mais bonitos carros de corrida de sempre em Portugal e que havia sido adquirido ao suíço Pierre de Siebenthal. (neste ano o #6119 GT venceria também o circuito de Cascais e ficaria em segundo em Vila Real) Na 1ª linha pode ainda ver-se o Lotus Elan de Carlos Gaspar e mais atrás os Jaguar E de Carlos Santos e Pedro Torres Fernandes que seria o Campeão Nacional. De salientar que esta corrida se disputou debaixo de chuva cerrada!    (texto e foto: cortesia de José Mota Freitas)

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Vila do Conde, Agosto de 1968:  Partida para a corrida de Grande Turismo, Desporto e Protótipos. Adiantando-se desde a partida, vê-se o futuro vencedor, o Ford GT 40 (#GT40 P1022) de Carlos Gaspar. Ao seu lado o Lotus 47 de José Lampreia que seria o segundo classificado. Mais atrás vê-se outro Lotus 47, o de Luís Fernandes "Fivelas" que tentava repetir a vitória do ano anterior e os Porsche 911 de Manuel Nogueira Pinto e de Américo Nunes. O carro de Pinto era um espectacular 911 R e seria 3º da geral e 1º entre os protótipos. O de Nunes era um 911 S e terminaria na 5ª posição.  Nessa prova participaram curiosamente 5 MGB's conduzidos por pilotos com os sinistros nomes de "Capesi", "Handy", "Jolly" e "Ed Crow" que com o 7º lugar seria o melhor classificado, após ultrapassar na última volta, na curva do Castelo, o Porsche 356 SC de João Paulo Sottomayor.  (foto: colecção Família Pinto da Fonseca. Texto. José Mota Freitas/RG)

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Vila do Conde, Agosto de 1968: O Ford GT 40 (# GT40 P1022) de Carlos Gaspar a cortar a meta. Esse carro tinha sido adquirido nesse ano, na Escócia, a Nick Cuthbert e daria ao piloto do Porto o título de GT e Desporto nesse ano. Mais tarde passaria de forma efémera pelas mãos de Carlos Santos (que correu com ele em Jarama, por exemplo) e seria adquirido para a época de 70 por Luís Fernandes. No entanto seria em Angola, pelas mãos do piloto de Benguela Emílo Marta que o carro valorizaria o seu palmarés com muitas vitórias. Com o fim do Império, o carro regressaria a Portugal e, pintado de cinzento metalizado, faria algumas provas em Portugal. Julgamos que em 1977 correu no Estoril e regressaria ao Circuito de Vila do Conde, onde lhe foi mostrada uma bandeira preta, totalmente ignorada por Marta, para gáudio de todos os que assim puderam ver o GT40 durante mais tempo. No inicio dos anos 90 esteve exposto num Salão na Exponor e, mais tarde, poderá ter sido vendido para Inglaterra.   (foto: colecção José Mota Freitas, Texto JMF/RG)

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Vila do Conde, 1969: bela imagem da grelha de partida: na primeira linha está o Ford GT 40 de Luís Fernandes e os Porsche 906 de Mané Nogueira Pinto (o de Andrade Villar e futuro Aurora Spider) e o de Joaquim Filipe Nogueira. Na segunda linha vemos o Lotus 47 de Ernesto Neves e o Porsche 911 de Américo Nunes. Na terceira fila da grelha, do lado direito, vemos o Unipower de Adalberto Medeiros, tendo ao lado o Hilman Imp de José Baptista dos Santos (o famoso IMP preparado na Auto-Galáxia, que ainda existe) e mais atrás é possível observar o Mini Marcos guiado por um piloto com o sinistro pseudónimo de "Karl".  A corrida viria a ser vencida pelo GT40, seguido do Porsche 906 (ou Carrera 6) de Filipe Nogueira e do 911 de Américo Nunes que se não estamos em erro, tratava-se do BG-34-18, normalmente utilizado pelo piloto de Lisboa, no campeonato nacional de ralis .  (Foto: cortesia de Rui Sanhudo. Texto JMF/RG)

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Vila do Conde, 1969: o Unipower GTS de Adalberto Medeiros (por vezes o piloto também corria sob o nome de Adalberto Silva)  seguido por um Jaguar E  não identificado (Ferreira de Moura?) na curva do Castelo junto ao Rio Ave. Adalberto havia de ser um dos bons pilotos do Troféu Datsun e chegou a deter o record da volta desta categoria após a corrida de 1972, quando ficou atrás do Joaquim Moutinho.   (Foto: cortesia de Rui Sanhudo. Texto JMF)

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Vila do Conde, 1969: outra imagem do Unipower GTS de Adalberto Medeiros.  Este carro foi o único modelo da marca britânica com motor 1300 e volante à esquerda. Em Portugal existirão mais dois Unipower, um dos quais com motor Cooper 1000 está na posse de um coleccionador de Gondomar. A impressão para quem se senta dentro deste carro aproxima-se da sensação de estar dentro de um Ford GT40, porque até o manípulo da caixa de velocidades também se situa no lado esquerdo, entre o banco e a porta.  Actualmente este Unipower GTS 1300 é propriedade de Rui Manuel Sanhudo, piloto de Vila do Conde que o utilizou (pintado de cinzento) no Estoril Historic Festival de 2003. Para saber mais sobre este carro, clique aqui.  ( Foto: cortesia de Rui Sanhudo. Texto JMF)

Vila do Conde, 1975: Carlos Santos, no GRD S-73 ex-Ernesto Neves. Se bem nos recordamos, em 1974, no auge da crise gerada pela Guerra do Yom Koppur, não se realizaram corridas de velocidade em Portugal. Em 1975, em pleno PREC (Período Revolucionário em Curso) os protótipos do que então era o grupo 5 (grupo 6 de 1976) correm integrados com os Turismos e GT. Assim, os dois GRD de Carlos Santos e Lumaro não tiveram grande dificuldade nas vitórias que obtiveram, e a principal oposição provinha do renovado Aurora Porsche "spider" de Robert Giannone que vemos ao fundo desta foto. O carro tinha sido muito desenvolvido, nomeadamente a nível aerodinâmico, e conseguia fazer tempos admiravelmente próximos dos GRD, muito mais modernos, potentes e sofisticados.  (Foto: Topos & Clássicos. Texto: RG/JMF)

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Vila do Conde, 1976: Miguel Correia, na Curva do Castelo a caminho do triunfo, com o Porsche Carrera RS 2.7. O piloto do Porsche dourado venceu 3 dos 4 circuitos do CNV desse ano e ainda a Rampa da Falperra, retirando-se no fim da época. Os principais rivais de Correia em 1976 foram Tino Pereira (De Tomaso Pantera GTS gr.3) João Vasco Madeira Rodrigues (Lotus Europa TC) Xavier Moreira (Alfa Romeo 2000 GTV) Bernardo Sá Nogueira (Alfa Romeo Giulia) e o piloto-preparador Serafim Martins (Ford Capri 3000 V6). No entanto, 1976 foi mesmo o ano de Miguel Correia!     (foto: Ano Automóvel 76/77)

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Vila do Conde, 1978: O Porsche-Aurora "935" de Joaquim Moutinho a caminho do primeiro lugar, no dia em que o piloto do Porto se estreou ao volante de um carro que viria a animar o CNV durante mais de 2 anos. A luta entre os dois Porsche foi extremamente emocionante, com milhares de espectadores em pé a ver as inúmeras trocas de lugares, e só terminou quando Giannone se atrasou devido a um inoportuno "tête".  Foi também uma das raras vezes em que o Porsche preto e prateado foi batido entre 1977 e 1978, acontecimento efusivamente referido na imprensa da época.

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Vila do Conde, 1978: o Datsun 240Z de Helder Valente foi alternando os resultados bons, com os menos bons. Mesmo assim, o bonito 240 Z (bastante modificado em relação à época anterior e apresentando uma carroçaria mais leve) foi suficiente para alcançar a terceira posição do campeonato, logo atrás do Porsche de Robert Giannone e do De Tomaso de Tino Pereira. O facto de o regulamento admitir carros do grupo 5 permitia que alguns preparadores engenhosos desenvolvessem carros bastante competitivos à escala nacional, sem envolver grandes meios económicos.  (Foto: Automundo)

V.Conde,1980 - António Salvador e o Datsun 240Z  do Grupo 5. Com o regulamento do grupo 5, sem constrangimentos de peças homologadas, era  fácil construir um carro performante e relativamente económico. Este 240 Z (de facto um dos melhores carros do 2º pelotão do CNV pelas mãos de Helder Valente, e um vencedor do CNI nas mãos de vários pilotos) ilustra bem essa interessante época da velocidade nacional

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V.Conde 1980-  Imagem da prova do agrupamento B dos iniciados que ilustra o abandono do 240Z de António Salvador. Mas, além do carro japonês, podemos ver atrás do MG Midget de António Consciência, o original (em Portugal) Chevrolet Corvette de Carlos Cabral  

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VILA DE CONDE COM CORRIDAS EM AGOSTO E SETEMBRO

Depois da confirmação do circuito da Boavista e de Vila Real, eis que apuramos que o circuito de Vila de Conde vai receber esta época duas corridas a terem lugar em Agosto e Setembro.

Assim, como é de domínio público e o nosso site chegou a apresentar imagens, o programa Pólis acabou por não arrancar na zona da pista, estando somente uma pequena zona do paddock ocupada por um depósito de máquinas, que na altura das corridas será removido.
Os rails que foram retirados do local, encontram-se armazenadas num sucateiro nos arredores de Vila de Conde, faltando apenas a montagem dos mesmos. DE referir que a chicane da seca deixou de existir, por isso vamos voltar aos velhos tempos em que esta curva era feita a "fundo".

Por outro lado apuramos que em alguns locais da pista vão ter de ser feito de novo as furacões nos passeios para a colocação dos apoios dos rails de protecção, e de resto mantém-se tudo como na última edição.
Em termos organizativos, não será o Estrela Vigorosa Sport a organizar, mas sim um conjunto de clubes nortenhos a organizar este importante evento, que tem desde já garantida a presença dos clássicos, estando a organização a fazer todos os esforços para contar com os troféus monomarca assim como o Nacional de Velocidade.
Em termos de datas está previsto que o primeiro circuito tenha lugar no fim de semana de 6 / 7 Agosto e o segundo em meados de Setembro em data a apontar, pois está dependente das datas já inscritas para a velocidade.

Em suma caro leitor uma excelente noticia para a nossa velocidade, pode ser que desta vá mesmo para a frente e se acabe com o marasmo da falta de espectadores no autódromo do Estoril e no circuito Vasco Sameiro em Braga, podendo assim os pilotos darem o retorno aos seus patrocinadores.

texto e foto de João Raposo /Agência de Informação Regional / www.velocidadeonline.co.pt
 

Old Jap's never die...'cos some clotheads keep bodgin' 'em back together...
 
V Encontro Informal AJA Norte - Cais de Gaia 3 de Abril.

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